Passo lentamente para ver se há papoulas
Não as vejo, virou estacionamento.
Em minha frente as paredes sobem,
cobrindo a visão dos jacatirões lilases...
Agora as britas tomam o lugar das flores,
E as águas transbordam sobre o asfalto...
Ameixas aqui e acolá, alimentam os pássaros famintos
O planeta se torna inóspito aos viventes
As noites já não são mais escuras
Estrelas não vejo e tic-tac não ouço mais
Somente o latido dos cães
A Natureza é soberana
Seremos lembrados pela pressa no descarte
Hipnose das telas e o pulsar das caixas, tum, tum, tum
Poema da Associada Asta dos Reis - Onde estão os jardins
que poema tristemente belo, é uma representação fiel de como o planeta que conhecemos na infância já não existe mais, e ficará cada vez mais diferente...